Sou reconhecido pelos Mestres da Luz como Sadhaka Natha.
Esse nome me foi dado pelo Ser da Luz. É um nome sânscrito.
“Sadhaka” é aquele que segue o “Sadhana“, isto é, a senda, o caminho que conduz à autorrealização espiritual, à unificação com a Consciência Divina, à Iluminação espiritual.
Por extensão, pode significar discípulo, yogi, buscador, devoto, iniciado ou qualquer outro significado que se refira àqueles que se empenham na vida espiritual, sejam de qual credo forem.
“Natha” é tomado como um título que qualifica um expoente dentro de um segmento. Por exemplo, Guru Natha significa o Guru dos Gurus. Por esse raciocínio, o famoso Mestre dos Magos, dos desenhos animados, seria o Mago Natha :).
Longe de mim querer assumir tal pretensão de ser o buscador dos buscadores. Modulo o título para “buscador sincero” ou “devoto sincero” e acredito que está mais que de bom tamanho.
“Natha” também siginifica “aquele que segue a Shiva“, a deidade hindu que, juntamente com Brahman e Vishnu, integra a trindade divina, a Trimurti, aspecto trino que corresponde ao Pai, Filho e Espírito Santo do cristianismo ocidental e das demais religiões, que também apresentam a trindade na base de suas estruturas.
SOMOS TODOS SADHAKAS
Não é o significado semântico do nome o que realmente importa, muito menos aprender sânscrito ou conhecer o panteão das divindades hindus, mas perceber que cada um de nós é um sadhaka, estejamos conscientes ou não disso.
A MONTANHA DA VIDA
O ser humano encarna dentro de um turbilhão de sensações, emoções e pensamentos. Ele nasce, alimenta-se, brinca, estuda, relaciona-se, apaixona-se, reproduz-se; conquista coisas, pessoas e posições ou se deixa conquistar por elas.
Enquanto cresce física, emocional e mentalmente, o mundo se apresenta ora como um brinquedo, ora como um desafio. Essa é a montanha da vida, nosso parque de estudos e aprendizados, onde evoluímos através da experimentação direta. Tudo é novo, assustador e deslumbrante.
A novidade mundana, porém, logo se esgota. No topo de suas capacidades, o ente humano percebe que é hora de começar a descer a encosta das conquistas. Mas não quer. Viciou-se, apaixonou-se enquanto subia.
O CHAMADO ESPIRITUAL
Cedo ou tarde, instaura-se a insatisfação, a incompletude. É quando chega a hora de tomar uma decisão. Ou ele se corrompe, esquadrinhando e sorvendo os restos da velha vida, ou renasce para o Espírito, tomando o papel de sadhaka que lhe cabe.
A primeira opção é a espera pelo fim, repleta de falsos tesouros, satisfações efêmeras, saudades e melancolias. A segunda, é a nova busca, agora pela Paz e pela reintegração com o Ser Supremo.
O QUE SIGNIFICA SER UM SADHAKA
Há aqueles que percebem o sadhaka em si ainda na subida da vida. Há os que percebem no auge de seus vigores. Há os que percebem serodiamente. Não importa. Cada um sabe de si.
O SADHAKA OLHA PRA DENTRO, NÃO PARA FORA. Ser um sadhaka é ser alguém que parou de olhar para fora e começou a olhar para dentro. Dentro de si. É ser alguém que, buscando a si mesmo, encontra a Deus. É reponder à simples questão: “Quem sou eu?”, como ensinado pelo Sábio de Arunachala, Sri Ramana.
ESTAR NO MUNDO, SEM SER DO MUNDO. O sadhaka compreende que deixar o mundo não significa abominar o mundo ou fingir que ele não existe, mas aprende a estar no mundo sem ser do mundo, por meio da atenção contínua à presença divina que habita em si e projetando o olhar da divindade sobre tudo e todos.
Como se vive no mundo sem ser do mundo? Manifestando a Vontade Divina, não a vontade do ego inferior!
“Cuide de si mesmo. Deixe que o mundo cuide dele mesmo. Descubra o seu Ser. Se você se considera o corpo, o mundo grosseiro existe também. Se você se considera Espírito, tudo é somente Espírito.” ~ Bhagavan Sri Ramana Maharshi
O ESTADO NATURAL. Estar em contato com a Divindade não deve ser considerado extraordinário ou sobrenatural. Pelo contrário, o natural é estar consciente de si mesmo, de sua Alma e Espírito. Achar-se encarnado, com emoções e pensamentos, separado de Deus, isso é o sobrenatural.
A mente adora inverter a simplicidade e a proximidade de Deus e torná-lo complexo e inalcançável. Conscientizar-se é ser simples. Iluminar-se é ser simples.
COMO SE TORNAR UM SADHAKA
Você já o é. Não há coisa que não seja Deus, não há ser que não seja Deus. O ser humano é a semente de Deus, assim como tudo o que existe é a semente dEle.
Todos já estão na senda. Tudo está na senda. Não há outro caminho cósmico. Não há origem que não seja Deus, não há pouso que não seja Deus, não há destino que não seja Deus.
O que você pode fazer é apertar o passo na senda, tornar-se um sadhaka proativo, pelas escolhas de seu livre arbítrio.
CONHECIMENTO, AUTOCONHECIMENTO E VERDADE
A receita é simples: descubra o que sabem aqueles que estão à sua frente na senda. Qualquer um que esteja um passo à sua frente é seu mestre (não o Mestre, mas um mestre). Estamos falando de “saber”, “conhecer”, conhecimento, estudo.
Nunca antes, o conhecimento esteve tão à disposição dos seres humanos, à distância de algumas teclas e um “enter”.
Embora a maior parte do conhecimento aprisione, ao invés de libertar, há o quinhão libertador.
“Se permanecerem na minha Palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a Verdade, e a Verdade os libertará.” (João 8:31-32).
Somente a Verdade liberta e o conhecimento que encaminha a ela também se encontra disponível junto com os demais.
DO CONHECIMENTO À AUTORREALIZAÇÃO ESPIRITUAL
A passagem acima é cristã, mas poderia ser budista, taoista, muçulmana, hindu, judia, xintoísta, confucionista, sikhi, sufi, zoroastrista, etc.
A fonte da Sabedoria e a mensagem entregue são as mesmas, apenas o formato se alterna, dependendo do povo que recebeu os ensinamentos.
DEUS E O PRÓXIMO
Quanto mais fundo você adentra a senda, mais você percebe que os Mestres Espirituais da Humanidade disseram a mesma coisa: dirija-se a Deus e ajude seu irmão para que ele fique de pé e também se dirija a Deus. São os dois mandamentos de Cristo ditos de outra forma.
Não há mais o que se fazer. Dirija-se a Deus, permanecendo na palavra. Busque o conhecimento espiritual do Mestre que lhe apraz. Garanta que o conhecimento responda à pergunta “Quem sou eu?”, que lhe encaminha ao autoconhecimento.
Esse é o tipo de conhecimento que deve buscar, o que te livra da ignorância espiritual de não estar ciente de sua origem e herança divinas. Mas não se trata de adquirir erudição espiritual, mas consciência espiritual.
Você não precisa conhecer todos os ensinamentos de todos os Mestres, basta um Mestre, um caminho, uma senda; aquela em que você se sinta bem e encaixado.
FALSOS PROFETAS
INTERMEDIÁRIOS. Cuidado com os intermediários, com quem se interpõe entre você e Deus, com quem lhe interpreta as escrituras. Interprete-as você mesmo em seu coração, respeitando sempre os instrutores que lhe entregam os ensinamentos.
PODERES NÃO SÃO BONS FRUTOS. Ouça o Mestre, não o homem, porque o Mestre são as escrituras. Pelos frutos, você reconhece o verdadeiro Mestre e o falso profeta (Mateus 7:15-20). Poderes e prodígios fenomenais residem na mente ilusória. Não perca o foco: amor a Deus e amor ao próximo.
O CONHECIMENTO É APENAS UM MEIO
Não permaneça para sempre na busca pelo conhecimento, que nada mais é do que um conjunto mental de saberes. Tampouco permaneça no autoconhecimento que resida em âmbito apenas mental.
SILÊNCIO: O FIM DO CONHECIMENTO. Quando você perceber que todo conhecimento encaminha recorrentemente o sadhaka ao mesmo vórtice, que é fazer silêncio, sentar, meditar, inspirar e espirar, você terá compreendido que tal conhecimento, embora seja um deleite, não é um fim em si.
A mente cognitiva é um instrumento que se queima no processo de autorrealização espiritual. Ela é o graveto utilizado para acender a fogueira da Consciência.
SOMOS A DIVINDADE
Não há ser que não seja Deus. O cosmos, a vida e a consciência provêm dEle e a Ele retornam. Nossa natureza é divina. Somos todos peregrinos da senda do Amor. Por que a tristeza, a solidão, a dúvida? Lembre-se de quem você realmente é. Volte à senda, sadhaka!
Disse o Senhor Buddha:
“Entre um Buddha e você não há distinção no que diz respeito à sua natureza, mas apenas você não se lembra quem é e o Buddha lembra. Ele está acordado, você está dormindo, mas sua natureza é a mesma.
ESTA É A MELHOR ÉPOCA PARA BUSCAR A ILUMINAÇÃO
A época é favorável àqueles que buscam a elevação espiritual. O caminho se encurtou. O sadhaka não precisa viajar ao Tibet e escalar os Himalais para perguntar ao Sábio como atingir a autorrealização.
Esse conhecimento já foi trazido ao mundo e está à disposição daqueles que pedem, buscam e batem à porta da sabedoria. A rota até Deus foi abreviada nesta época de transição planetária.
Você é Buddha. Não pense que é, saiba que é.
A PRÁTICA ESPIRITUAL É O MAIS SIMPLES
A prática espiritual é a flor da árvore do conhecimento e do autoconhecimento em que se arrojam os sadhakas, os buscadores. O estudo espiritual não precisa ser longo. Inicie a prática tão logo possa.
PRÁTICA ESPIRITUAL É CORREÇÃO E SILÊNCIO
Seguir o Sadhana é natural. O peregrino que perdeu a rota saiu de sua naturalidade e deve corrigir o curso. A correção tem por objeto os veículos do homem: seus corpos físico, emocional e mental.
O Senhor Buddha nos legou o Nobre Caminho Óctuplo, que corrige oito pontos nesses corpos: o meio de vida, a fala, a ação, o esforço, a compreensão, o pensamento, a atenção e a concentração.
Patanjali nos deixou os Oito Membros da Raja Yoga, que também corrigem os corpos físico, emocional e espiritual do sadhaka.
O constante silêncio do corpo, das emoções e dos pensamentos é o estado do sadhaka que perfez os oito passos e se deixou pronto para o estado de samadhi, a reconexão completa com sua Alma, seu Self.
A correção e o silêncio são simples. O único requisito para o sucesso é um pouco de vontade.
O PRIMEIRO MESTRE E A CURA DAS FERIDAS
A intuição é o primeiro Mestre. Ela cresce no sadhaka silenciosamente tal qual a relva. Você não a vê crescer, mas ela cresce. A paciência, se não nata, será obtida. Não queira conseguir a árvore pronta, cultive-a.
Poderes não são importantes. Não queira ver luzes, fazer projeções, expor o chi, etc. Isso tudo são apenas distrações e atrasos. Estar em paz e conectado à Fonte Divina é o que importa.
FALHAS, FERIDAS, CICRATIZES. Obviamente, quando estamos em processo de correção, nossas falhas nos são mostradas. Segundo o Ser da Luz, as feridas do sadhaka são tocadas pelo dedo do Mestre, seja este externo ou interno. Elas não podem cicatrizar, se não forem expostas e limpas. Quebram-se bloqueios físicos, emocionais e mentais, trazendo a purificação.
A PRÁTICA ESPIRITUAL MAIS SIMPLES DE TODAS
Se, ainda sim, a prática óctupla lhe parecer complexa ou difícil de encaixar em seu cotidiano, simplifique. Por ora, faça o que lhe for viável no processo de correção, mas nunca deixe de meditar diariamente.
É no dia-a-dia que se corrigem a fala, os pensamentos, as ações, a alimentação e treinamos a compaixão por todos os seres. Mas lembre-se de meditar, dez minutos que seja. Quem consegue dez, consegue vinte.
1 MINUTO APENAS
E se não puder fazer nada disso, respire. Todo mundo respira. A diferença é que o sadhaka presta atenção na respiração. Inspire e expire prestando toda a atenção no inalar e no exalar. A respiração é seu equipamento portátil para a prática espiritual. E é eficaz, se executada com atenção.
Treine respirar, prestando total atenção por 1 minuto na inspiração e na expiração, sem pensar, três vezes ao dia. Aquiete a mente, que nunca é aquietada. Faça isso todos os dias.
Se conseguir 1 minuto, consegue 3 minutos. Quando perceber, estará respirando e meditando por horas. Aquele que medita 1 minuto, aproveita mil vezes mais do que aquele que lê livros sobre meditação por anos e não pratica.
Artigo sugerido: O Ser da Luz em Nossa Existência.