Quem é você?
Você já tentou responder a essa pergunta?
Vou lhe fazer uma revelação. Não existe ninguém nesta esfera que possa lhe dar a resposta para essa pergunta.
O DESTINO DOS QUESTIONAMENTOS HUMANOS
A sua insatisfação com todas as respostas que você fornecer vai lhe revelar que você é mais do que este plano pode lhe dizer. Nenhum pensador, filósofo ou intelectual pode lhe mostrar quem você é.
Você pode ler todos os livros do mundo, mas eles não te dirão quem você é.
O destino final dos questionamentos humanos, bem assim como o de toda a ciência, é a credulidade. Somente uma pessoa pode responder a essa pergunta. Essa pessoa é você mesmo, pois você já possui a resposta.
O CICLO DA IGNORÂNCIA PELA AUSÊNCIA DE AUTOCONHECIMENTO
Mas como é possível que você continue a viver sua vida sem saber quem você é?
Você acorda todos os dias, faz três refeições – ou mais – todos os dias; trabalha uma, duas, três, quatro semanas e não sabe quem você é.
Você vai à igreja aos domingos, vê cinema nos finais de semana, abraça seu filho todos os dias, mas não sabe quem você é.
Você é um artista renomado, um gênio da física, uma pessoa que faz caridades, o chefe de estado da maior potência mundial ou apenas um limpador de rua. Mas, mesmo assim, você não sabe quem você é.
Você desencarna sem saber quem você é e nem mesmo a hora em que desencarnou. Você reencarna sem saber quem você é e nem mesmo a hora em que reencarnou.
UM CICLO A SER ROMPIDO
Isso é muito triste para todos nós, que vagueamos por este mundo como escravos de nossa ignorância e falta de visão.
Esse é um ciclo ao qual todos estão sujeitos. Mas é um ciclo a ser rompido, e somente aqueles que querem saber realmente como rompê-lo podem ser uma exceção a ele.
UM PASSO ATRÁS NA TELA ILUSÓRIA DA MENTE PENSANTE
Você não é seu corpo.
Você não é suas emoções.
Você não é seus pensamentos.
Quem é você?
Olhe para si mesmo, seu corpo físico. Observe-o com cuidado. Perceba o tempo fluindo sobre sua vida. Feche seus olhos e imagine toda a sua vida – passada, presente e futura – passando em uma tela. Veja seu nascimento, seu crescimento, sua infância, sua juventude, maturidade e decadência.
Veja as lágrimas que você derramou por causa do fim da existência de seus entes queridos. O que isso significa?
LÁGRIMAS AO FIM DAS DESIMPORTÂNCIAS
A decrepitude e o desencarne vêm para todos. E isso é tão certo quanto saber que você não sabe quem você é.
As pessoas vivem suas vidas terrenas como se fossem eternas. Continuam se preocupando com suas ninharias e bagatelas como se fossem levá-las para o além-morte e, quando o desencarne está à sua frente, desesperam-se e lamentam-se. Isso é muito triste.
É realmente muito triste não podermos nos livrar da aflição da perda e da ausência de quem amamos neste planeta.
Você pode achar este assunto um tanto fúnebre, mas o desencarne virá e com ele o fim de tudo ao seu redor. Não haverá corpo, nem emoções ou pensamentos mantidos pela densidade da carne.
Os conflitos que você teve com as pessoas nada significarão. Todo o dinheiro que você ganhou e as toneladas de alimentos que ingeriu e eliminou diária e repetidamente se foram. As alterações que fez em seu corpo por vaidade e as pessoas que você insultou para defender os seus valores, nada significaram. As lutas que travou e os exércitos que comandou, tudo virou pó.
AS MIGALHAS DA MENTE E O BANQUETE DO ESPÍRITO
Por que você se contenta somente com seus prazeres e posses, com suas emoções, com suas honrarias e fama? Por que você defende esses objetos da matéria com tanto vigor e não guarda nenhuma disposição para buscar os valores do espírito?
Não vê que tudo isso são ínfimas distrações? São sobejos que entram, não só pela sua boca, mas também pelos seus olhos e seus ouvidos, pelo seu olfato e sua pele. Você tem sido aquilo que seus sentidos dizem que é para ser.
Como é possível que você continue sua vida somente com essas migalhas, quando um banquete o aguarda?
Você prefere ficar em uma prisão, onde obtém seu pão e água garantidos, em vez de bater suas asas e voar para a liberdade.
A PRISÃO DE FERRO E A PRISÃO DE OURO
Todos estão na mesma prisão. Mesmo os que muito possuem, os que muito sabem, os que muito mandam, os que estão abastados.
Eles também estão na mesma prisão, com a diferença de que suas grades são feitas de barras douradas e não do ferro que perfaz o cárcere daqueles que possuem poucas posses e pouco intelecto.
Trecho da obra O Universo em um Grão de Luz.
Até a próxima!